Deputado Arlen Santiago parabeniza medidas anunciadas pelo novo Presidente da Amagis
Após ser empossado nesta quinta-feira (03/01), o novo
Presidente da Associação dos Magistrados Mineiros – Amagis, Desembargador
Herbert Carneiro, anunciou medidas para proteção ao juízes ameaçados por
criminosos.
Segundo o Presidente, essa será sua principal
bandeira. Além disso, afirmou que um movimento pela segurança será iniciado no
Estado, e assim, quando um juiz se sentir ameaçado por organizações criminosas,
haverá a possibilidade de ser formado um colegiado de três magistrados para
elaborar a sentença.
Arlen Santiago elogiou a iniciativa do Desembargador
e disse que a questão é preocupante: “são os Magistrados que julgam,
que conhecem a realidade do cotidiano do Brasil. Se as leis continuarem benevolentes
com os criminosos, os juízes da esfera criminal no Brasil, em sua totalidade,
vão ar a correr sérios riscos”, acentuou.
Em dezembro de 2011, o parlamentar entrou com
requerimento na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais – ALMG
solicitando a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Magistrados Mineiros,
por entender que esse tema é de relevante importância porque tem a ver
diretamente com a vida de todos os brasileiros, seja pessoa física ou jurídica,
uma vez que todos querem uma justiça séria.
A medida anunciada pelo Presidente da Amagis visa
desvincular a decisão de um único juiz, dividindo a responsabilidade e
reduzindo, dessa maneira, a possibilidade de pressões e ameaças diretas. Ele
explica que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG foi o primeiro a
publicar a resolução regulamentando a Lei Federal 12.964, do ano ado, que
permite o julgamento colegiado. Herbert Carneiro também é membro da 4ª Câmara
Criminal do TJ e fez parte da comissão que criou a regulamentação.
“As comarcas serão divididas em regionais para
facilitar o trânsito dos juízes, que serão escolhidos para formar o colegiado
quando atuarem na mesma região. A lei prevê utilização de tecnologia, como
videoconferência, mas os fóruns não estão preparados”, afirmou Carneiro. Em
Minas, apenas cinco das 296 comarcas contam com essa tecnologia: Belo
Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Governador Valadares e Varginha.
Em 2012, no Brasil, mais de 150 juízes foram
ameaçados. Minas Gerais possui 1.313 juízes e 127 desembargadores na ativa, e
só no ano ado, 57 casos de ameaças foram acompanhados pelo gabinete de
segurança institucional do TJMG.
De acordo com Arlen Santiago, a preocupação com a
segurança dos Magistrados, que aumentou depois da execução a tiros da juíza
Patrícia Aciolli, em agosto de 2011, em Niterói, na Região Metropolitana do
Rio, se repete em Minas Gerais.
Nesse sentido, a Frente criada pelo Deputado, tem o
objetivo de fortalecer, sobretudo, a missão do Poder Judiciário, que é prover
justiça e fazer com que a mesma chegue mais rápida e pronta ao cidadão.
“Acredito que todos nós, mesmo aqueles que não estão diretamente ligados ao meio
judicial, têm esse interesse de ver a justiça cada vez mais aprimorada e que
possa cumprir sua função social, que é de prestar o serviço de fazer o justo
prevalecer”, concluiu o deputado.
Herbert Carneiro ressaltou também, que deseja ampliar
a segurança nos fóruns. De acordo com o cálculo da Amagis, apenas 25% deles
contam com o aparato de segurança necessário como guardas, alarmes e detector
de metais, no entanto, a Associação está fazendo um levantamento de qual seria
o custo para equipar os fóruns com equipamentos de segurança.
Nesse
sentido, a fim de discutir as ameças e ataques sofridos pelos magistrados
mineiros, Arlen Santiago entrou com requerimento na ALMG, no início deste mês,
solicitando que seja realizada Audiência Pública da Comissão de Segurança
Pública. Dentre os convidados a participar da Audiência, a qual será realizada
após o recesso dos trabalhos das Comissões, estão: José Eduardo Cardozo
(Ministro da Justiça); Rômulo de Carvalho Ferraz (Secretário de Estado de Defesa
Social); Coronel PM Márcio Martins Sant'Ana (Comandante Geral da Polícia
Militar do Estado de Minas Gerais); Luís Inácio Lucena Adams (Advogado-Geral da
União); Carlos André Marianni Bittencourt (Procurador-Geral de Justiça); Sérgio
Barboza Menezes (Superintendente / Delegado da Polícia Federal de Minas
Gerais); Joaquim Herculano Rodrigues (Presidente do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais) e Herbert José de Almeida Carneiro (Presidente da Associação dos
Magistrados Mineiros).
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